Quase um Ho-ho-ho…

Claro, há quem prefira falar mal das comemorações de final de ano, ou remetê-la a um caráter vazio, egoísta. Se satisfazer com seus próprios ruídos, pensamentos e especiais de fim de ano.
Há quem prefira não celebrar nada, considerar um puro paganismo a festança de troca troca de presentes, da ilusão de um pseudo bom velhinho e da história macabra da árvore, mas eu respeito aqueles que conseguem manter sua convicção nisto e sequer degustam da tal massa fermentada de frutinhas, ou de chocolate que enchem os estoques, prateleiras e dispensas nesta época.

Independente da crença que se tenha, tirando as arestas, ou um todo contaminado, existe uma outra parte sobre isso. Existem poucos momentos durante todo o ano em que as famílias param de fato para se reunir, para se confraternizar dessa forma, para resgatar memórias e valores que passaram desapercebidos durante a correria do ano. A gente desacelera e dá atenção ao que deveria vir sempre em primeiro lugar. É lamentável que seja por um dia, mas ainda bem que durante ao menos um dia, algo de bom aconteça. Não, não estou me colocando a favor de nenhum dos lados da história, antes que você pense isso.

Eu gosto de ver minha família reunida a mesa, minha família rindo, meus primos pentelhos, toda aquela comida, detesto a pilha de louças, gosto quando refletimos, gosto da expressão de gratidão que há muito mais evidente em todos aqueles que há muito deixaram a consciência cristã passar, é como se todos se voltassem a algo muito maior que tudo, que nós mesmos. Realmente, algo muito maior que rege a vida, que inspira a vida, que criou a vida. Meu desejo mais profundo é de que o sentimento, que pra muitos só há neste dia, se multiplique por mais 365 dias e ao findarem os dias, novamente se multipliquem e nunca cessem.

Espero, em breve, estar reunida com todos vocês em lugar melhor que aqui e juntos celebrarmos a quem de fato merece nossa devoção para todo o sempre.

Boas festas!

De mim, decorado…

Eu encontrei recanto
Pra o meu coração
Em um canto apertado
Dentro do teu abraço
Não sou de mil um
Ou mais amores
Sou de um amor só
Amor de amar sem dó
No eu lírico intrigante
De mil facetas em um nó
Em tudo que faço
Não há quem possa me decifrar
Mas você o faz, basta um olhar
Sei da colérica menina,
apaixonada que sou
Fácil não, mas só pra você
Tento ser, tudo e mais um pouco
Do melhor que sou
E assim resolvi ser única
Pra você, de mais ninguém
Só divido meu infinito
Com a melhor parte de mim que eu escolhi:
Você!